Corinthians empata sem gols com a Inter de Limeira
Na terceira partida do ano, o Corinthians mostrou apatia durante grande parte do jogo. Controlou a posse de bola, rondou a área da Inter de Limeira, mas não conseguiu criar grandes chances de gol na tarde deste sábado, em Limeira. Assim, com o empate em 0 x 0, o Timão teve a empolgação pela vitória sobre o Água Santa interrompida, e não conseguiu assumir a liderança de seu grupo no Paulistão.
Curiosidade. Romero foi titular pela primeira vez desde sua volta ao Corinthians. O paraguaio é o estrangeiro com maior número de jogos pelo Alvinegro e o segundo maior artilheiro da Neo Química Arena, com 27 gols.
Cássio salva A Inter de Limeira começou pressionando e levou perigo ao gol do Corinthians, com três oportunidades nos 15 primeiros minutos. O time do interior só não abriu o placar porque Cássio saiu nos pés de Iago Telles e impediu o atacante de balançar as redes. Apesar de poupar jogadores, o treinador do Corinthians manteve a aposta na dupla de ataque formada por Yuri Alberto e Róger Guedes. No primeiro tempo, com a Inter dominando as ações, Yuri e Róger não conseguiram criar chances de gol.
A equipe da Inter foi mais efetiva na sua proposta de jogo. Pressionou a saída de bola no início, mas soube se fechar e explorar os contra-ataques. Faltou mais tranquilidade na hora de decidir as jogadas. O Corinthians repetia a falta de intensidade que marcou a derrota para o Red Bull Bragantino, na estreia no Paulistão. Apesar de ter mais posse de bola e trocar mais passes, Timão não acertou nenhuma bola no gol adversário no primeiro tempo.
Corinthians melhora O time visitante voltou um pouco melhor para a etapa final. O Corinthians tentou transformar a superioridade técnica em gols. Róger Guedes voltou mais ligado e quase marcou um golaço antes dos 10 minutos do segundo tempo. O camisa 10 buscava jogo na esquerda, com boas combinações com o lateral Matheus Bidu, mas também aparecia por dentro, acionando os companheiros e também arriscando a gol.
Para tentar garantir a vitória, o técnico Fernando Lázaro mandou Renato Augusto para campo. O ídolo completou 200 jogos com a camisa alvinegra. Deu mais dinâmica ao Timão, mas a equipe seguiu com dificuldade para criar oportunidades de gol. Os visitantes aumentaram a velocidade, mas não foi o suficiente para abrir o placar.
Com informações de Thiago Braga do UOL
NORTE DE MINAS- Repovoamento do Cerrado
Sobretudo para o Cerrado brasileiro, a savana mais biodiversa do mundo, cuja taxa anual de desmatamento em 2022 foi de 10.689 km2, têm enorme significado a restauração da sua vegetação desmatada, em face não apenas de seu benefício ambiental, mas – igualmente – do ponto de vista econômico e social.
Nesse sentido, exerce papel relevante na reconstrução deste bioma a produção de mudas nativas, no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, especialmente em se tratando do pequizeiro, pois ocupam grandes áreas e sua sobrevivência implica na manutenção do ecossistema.
Daí, a importância da produção de mudas de pequi, não apenas em empresas governamentais de pesquisa e universidades, mas, igualmente, por pequenos e médios produtores rurais do sertão de Minas, de forma a facilitar seu plantio, tanto para sua utilização na culinária, como fonte de receita adicional, capaz até de assegurar a sustentabilidade de suas propriedades.
Portanto, para buscar respostas para os interessados em restaurar áreas degradadas, ou mesmo repovoar o Cerrado com a árvore símbolo do bioma, O NORTE ouviu dois produtores de mudas no Vale do Jequitinhonha, que deram detalhes de como plantam sua semente a partir da escolha o caroço, bem como os cuidados exigidos para que a planta se desenvolva. Na verdade, uma longa caminhada entre a semeadura até seu pleno desenvolvimento, quando começa a dar frutos após seis anos.
Doações para multiplicação
Natural de Cristália, no Vale do Jequitinhonha, o empresário Geraldo Élcio do Socorro produz há cinco anos mudas de pequi em Montes Claros.
A O NORTE, explicou que um dos segredos para a produção é a escolha dos frutos que estejam caídos, posto que, uma vez maturados, tem maior chance de êxito.
“Para que germinem, os frutos precisarão completar seu ciclo de amadurecimento, que é concluído quando caem”, explica Élcio, que vende a muda a R$ 20.
A despeito de comercializar algumas mudas, revela que desenvolveu a técnica para doação mesmo, “face à sua importância para o Cerrado”. Recentemente, doou mudas para o Galpão de Reciclagem Amor e Vida, em Monte Claros, para que comercializasse.
Igualmente, sem nenhum custo, repassou mudas de pequi gigante, “com castanha de dois quilos, a um agricultor da Associação dos Produtores de Hortigranjeiros da Região do Pentáurea”, comunidade rural distante 2,4 km da sede do município.
Geraldo Élcio lembra que para o bom crescimento da muda de pequi no primeiro ano, é imprescindível que sejam irrigadas de dois em dois dias.
“Depois, já bem enraizadas, seguem a natureza dos frutos do cerrado, que são resistentes ao clima seco e quente”.
Prosseguindo, lembrou que “depois os caroços são enterrados na areia e começam a germinar após dois meses, quando são retirados da areia e plantados em sacos apropriados, para que se desenvolvam”.
Detalhou ainda que “quando atingirem a altura de 40 a 50 cm são transplantados para um local definitivo e começam a produzir frutos a partir do quinto ano do plantio”.
Informações de “O Norte de Minas”